segunda-feira, março 18, 2024

Tudo o que nos controla é o nosso dono

"Tudo o que nos controla é o nosso dono e senhor. A pessoa que procura o poder é controlada pelo poder. A pessoa que procura aceitação é controlada pelas pessoas a quem quer agradar. Nós não nos controlamos a nós próprios. Somos controlados pelo dono das nossas vidas."  

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  Rebecca Pippert (citado por Tim Keller no seu livro "Falsos deuses").

quinta-feira, março 14, 2024

Palavras no tempo e tempero certo


"Como maçãs de ouro em salvas de prata, assim é a palavra dita a seu tempo." - Provérbios 25:11. 

Acredito que as palavras certas ditas no tempo certo são poderosas. As palavras de incentivo, de encorajamento e de fé produzem um efeito transformador na vida das pessoas. Por outro lado, as palavras amargas, duras, revoltosas, ditas fora de tempo, expõe e espelham o coração doente de quem as fala. 

As palavras que apontam para a esperança maior - Deus, que nada têm a ver com palavras fantasiosas, fazem mais pela edificação das vidas do todas as outras palavras. Falar bem é muito mais do que ter boa oratória ou retórica. Saber falar bem é saber ouvir bem. É saber amar. A tom, o tempo e a motivação certa das palavras nem sempre é fácil, mas quando bem pontuadas e temperadas, as boas palavras dão o gosto certo à vida. A Palavra de Deus é sempre a palavra certa para todo o tempo.

domingo, março 03, 2024

A fé viva manifesta-se com obras

"Se a fé que professamos for uma fé nua, sem nenhuma evidência de obras, essa não é a fé salvadora. Trata-se, conforme disse Tiago, de uma fé 'morta', e não de uma fé viva. Uma fé viva mostra a sua vida pela obediência. Essas obras de obediência em nada cooperam com a justificação; porém, se não houver obras, a sua ausência é prova positiva de que não houve justificação."

In: R. C. SPROUL. Estamos juntos? São Paulo: Vida Nova, 2023, p. 74

terça-feira, fevereiro 27, 2024

Filho de Sara ou de Agar?


Os judaizantes não davam tréguas às igrejas da Galácia. Como Cristo não lhes bastava, obrigavam os novos cristãos a guardarem os rituais judaicos. Paulo estava perplexo com os crentes da Galácia por estavam a dar ouvidos a esses enganadores. Ainda hoje, muitos tentam oprimir as pessoas com leis e rituais. Usam força, coacção emocional, material e espiritual. O servo de Deus deixa o Espírito Santo convencer as pessoas e lidera pelo amor, serviço e exemplo.

Para explicar a liberdade que temos em Cristo, Paulo vai usar uma alegoria (Gl 4:21-31). É uma alegoria, não por ser uma história fictícia, mas porque é uma narrativa verdadeira que simboliza algumas verdades espirituais muito práticas e esclarecedoras. 

Abraão teve dois filhos, um de uma escrava chamada Agar e outro da sua esposa chamada Sara, que era livre. Deus tinha prometido que Abraão seria pai de uma grande nação. Só que Sara era estéril e os dois já eram muito velhos. Numa espécie de tentativa para “ajudar Deus”, Sara disse a Abraão para se deitar com a escrava Agar. Ela engravidou e assim nasceu Ismael. Mais tarde, no tempo determinado por Deus, Sara também engravidou e nasceu Isaque, o filho prometido. 
 
A primeira ligação que Paulo faz entre Agar e Sara, é que elas representam duas Alianças. Agar simboliza a Antiga Aliança e Sara a Nova Aliança. Assim como Agar era escrava, a Antiga Aliança também estava presa a leis e rituais. A Nova Aliança, representada pela Sara livre, está ligada à liberdade de que podemos desfrutar através de Jesus Cristo. 
 
Os dois filhos também simbolizam aspectos muito importantes. O filho de Agar, Ismael, é o filho da carne. Nasceu de modo natural, de uma mulher escrava, de uma relação fora do casamento. É o resultado dos desejos egoístas e da precipitação carnal. Isaque, por outro lado, é o filho da promessa. Nasceu de uma mulher livre, segundo a vontade de Deus e de modo sobrenatural.
 
John MacArthur disse que “a concepção de Ismael representa a maneira do homem, o caminho da carne, já a de Isaque representa a maneira de Deus, o caminho da promessa. A primeira é semelhante ao caminho do auto-esforço religioso e à justiça das obras; a segunda é semelhante ao caminho da fé e à justiça imputada por Deus. Um é o caminho do legalismo, o outro o caminho da graça.”
 
A seguir, Paulo vai explicar que Agar simboliza também o Monte Sinai, que corresponde à cidade de Jerusalém. Isso era verdade por três razões. A primeira razão é porque a lei estava ligada ao Sinai, uma vez que foi dada por Deus nesse Monte, a Moisés e a Israel. A segunda razão, é porque em Jerusalém naqueles dias não existia liberdade total. Jerusalém estava cativa e amordaçada pelo império romano. A terceira razão, que é a pior escravidão de todas, estava relacionada com o fanatismo e o legalismo religioso dos judeus na "Cidade santa". Foi essa escravidão cega da religião que impediu que muitos Escribas, Sacerdotes, Fariseus e muitos judeus aceitassem o Messias Jesus, que veio para os salvar. 
 
Mas se Agar simboliza a Jerusalém terrena que está escravizada, Sara simboliza a Jerusalém livre, que é de cima, a Jerusalém celestial. A Jerusalém de cima, Paulo diz ser a nossa “cidade mãe” (Gl 4:26). Aqui “mãe” é uma metáfora para mostrar que a nossa verdadeira cidadania e segurança está no céu, com Deus. Entramos nessa Jerusalém celestial, não pela Lei, nem pelas boas obras ou rituais religiosos, mas somente pela graça e pelo sangue redentor de Jesus 
 
Paulo termina a alegoria dizendo que nós, os crentes em Jesus, "somos filhos da promessa, como Isaque” (v. 28). Ismael é o filho da carne, Isaque é o filho da fé. Isaque simboliza o novo pacto, a Aliança da graça, que tem origem em Deus e que trouxe a salvação e a libertação por Jesus Cristo. As pessoas que tentam conquistar Deus e a Sua salvação na força da carne, com boas obras e esforços humanos estão escravizados. A velha Aliança é a aliança das obras e baseia-se no esforço humano. A nova Aliança é a aliança da fé e fundamenta-se na obra exclusiva de Cristo e na graça de Deus. 
 
Se Agar simboliza o esforço humano que aprisiona a pessoa nos seus pecados e se Sara prenuncia a graça de Deus que oferece perdão e liberdade espiritual, fica a pergunta: És filho de Sara ou de Agar? 
Que possamos fazer nossas as palavras de Paulo aos Gálatas 4:31: “Sou filho, não da escrava, mas da livre!” Tudo isso acontece, não através de ritos religiosos, mas somente pela graça de Deus e pelos méritos de Jesus, quando cremos nele.

quinta-feira, fevereiro 15, 2024

Jesus dá convicção, esperança e motivação

"Jesus pode transformar a decepção em convicção, a dor em esperança, a falta de motivação em plena perseverança." 

- Hernandes Dias Lopes

quinta-feira, fevereiro 08, 2024

Tu és Escravo ou Livre?

No início do Capítulo 4 de Gálatas Paulo apresenta um contraste entre a vida de escravo da Lei e a vida de um filho de Deus. Na verdade, é o grande contraste entre a Lei e a Graça. No mundo antigo, um herdeiro menor de idade só tinha direito à sua herança depois de atingir uma certa idade. Os pais encarregavam um tutor para instruir o filho e administrar a herança até ao tempo determinado pelo pai. Nesse sentido, o menino não era diferente dos escravos porque sendo livre, estava na mesma situação de um escravo, que não tinha direito legal a nenhum bem. 

Antes de Cristo, os judeus eram como meninos escravos do grande Tutor, a Lei mosaica. Estavam presos às letras dos “primeiros rudimentos do mundo”, que na verdade eram fracos e pobres, conforme Paulo explica no v. 9. Antes de conhecermos Cristo nós também éramos assim: prisioneiros do pecado, da religião, de nós próprios e daquilo que aprendemos.

Mas, na plenitude dos tempos, Jesus veio a este mundo. No tempo determinado por Deus, no tempo preciso da história humana, Deus enviou o seu Filho. O propósito da Sua vinda teve pelo menos quatro objectivos:

1º Redimir, salvar e libertar os prisioneiros da lei, da religião e do pecado.
2º Jesus também veio para nos adoptar como filhos. 
3º Para termos comunhão com O Deus triúno. 
4º Para deixarmos de ser escravos e sermos filhos e herdeiros de Deus. 

Quando nos arrependemos dos nossos pecados e recebemos Cristo como nosso Salvador, Deus envia o Espírito para termos comunhão com o Pai. Agora, já não somos escravos do pecado e da Religião, mas filhos de Deus. E se somos filhos de Deus, somos seus herdeiros. Escravo não tem herança, os filhos sim! Somos herdeiros da vida eterna, herdeiros do Reino, herdeiros das bênçãos do Senhor.

A grande pergunta: És escravo ou és livre? Um dos grandes problemas do ser humano é não saber o que é. Só há uma Pessoa que te pode tornar livre, é Jesus! “Se o Filho vos libertar, verdadeiramente, sereis livres.” - João 8:36. Ligada à essa pergunta, outra: Se tu dizes que és livre porque é que vives como escravo?” Escravo das modas, escravo das opiniões, escravo dos vícios, escravo da ira, escravo da falta de perdão, escravo do pecado? Somos chamados a viver não na libertinagem do vale-tudo, mas na liberdade com que Cristo nos libertou.

Alguns crentes têm mente e comportamento de escravo. Oram pouco, lêem a Bíblia com superficialidade. Não têm compromisso com a Igreja. Faltam aos cultos. Não falam de Jesus. Mas se não temos verdadeira comunhão com o Pai e uns com os outros, estamos a ser maus filhos. Arrependamo-nos desses pecados! Afinal de contas, tu és e vives como um escravo ou como livre?

segunda-feira, fevereiro 05, 2024

A verdade só procede de uma voz

"Estou ciente do poder que a novidade tem para fazer coçar os ouvidos de certas pessoas: mas temos que reflectir que 'A verdade possui apenas uma voz' - aquela que procede dos lábios do nosso Senhor." 

CALVINO, João. PSYCHOPANNYCHIA, Basileia, 1536.